segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dicas de Leitura (continuação)

* A Consciência de Zeno (1923) - Italo Svevo
* Os Thibauld (1922-40) - Martin duGard
* A Montanha Mágica (1924) - Thomas Mann
* O Processo (1925) - Franz Kafka
* A Senhora Dalloway (1925) - Virgínia Woolf
* A Grande Gatsby (1925) - Scott Fitzgerald
* O Sol Também se Levanta (1926) - E. Hemingway
* Contraponto (1928) - Aldous Huxley
* O Som e a Fúria (1929) - W. Faulkner
* O Falcão Maltês (1929) - Dashiel Hammet
* Enquanto Agonizo (1930) - W. Faulkner
* Trópico de Câncer (1932) - Henry Miller
* Viagem ao Fim da Noite (1932) - L. F. Céline
* A Condição Humana (1933) - André Malraux
* A Náusea (1938) - J. P. Sartre
* O Estrangeiro (1942) - Albert Camus
* A Romana (1947) - Alberto Moravia
* Os Nus e os Mortos (1948) - Norman Mailer
* A Colméia (1951) - Camilo Cela
* O Apanhador no Campo de Centeio (1951) - J. D. Salinger
* A Espreita (1954) - Robbe-Grillet
* Pedro Páramo (1955) - Juan Rulfo
* Lolita (1955) - V. Nabokov
* Grande Sertão: Veredas (1956) - Guimarães Rosa
* Pé-na-Estrada ( 1956) - Jack Kerouac
* Sobre Heróis e Tumbas (1962) - Ernesto Sabato
* O Século das Luzes (1962) - Alejo Carpentier
* A Morte de Artêmio Cruz (1962) - Carlos Fuentes
* Cem Anos de Solidão (1967) - Garcia Márquez
* Conversa na Catedral (1969) - Vargas Llosa
* Memorial do Convento (1982) - José Saramago
* O Amor nos Tempos do Cólera (1985) - Garcia Márquez
* A Insustentável Leveza do Ser (1985) - Milan Kundera
* O Teatro de Sabbath (1995) - Philip Roth
* O Tempo e o Vento - Érico Veríssimo
* Sargento Getúlio - João Ubaldo Ribeiro

Dicas de Leitura

Coisinha horrível essa: dicas de leitura. Mas acho que é a sina de quem faz Letras... sempre aparece alguém pedindo dicas heheheh
Eu, particularmente, acredito que todo tipo de leitura é válida. É claro que tem aquelas que são consideradas Clássicos Literários e aquelas que são consideradas lixo pelos Acadêmicos. Desde que você se divirta com o que está lendo, já tá valendo. Não precisa ficar preso às leituras altamente recomendadas pela academia se achar tudo aquilo uma chatisse.
Me irrita ver essas pessoas criticando obras como Paulo Coelho, Harry Potter, Crepúsculo, e outras, sem sequer terem se dignado a catar o livro na mão pra ler. Gente que critica indo pela cabeça dos outros, sem ter opinião própria. Eu sou a favor de ler de tudo. Ler pra se informar, ler pra adquirir conhecimento, cultura, mas principalmente, ler pra se divertir!!! É lógico que uma pessoa que tá de saco cheio, teve um dia daqueles, vai chegar em casa, querendo uma leitura leve e NUNCA vai escolher "A Ilíada" por exemplo ¬¬ (Bom, tem exceções ^^')
Essa listinha de romances eu copiei do livro "Curso de Literatura Brasileira" do professor Sérgius Gonzaga. Achei que era alguma coisa por onde começar. Espero que sirva de inspiração pra outros além de mim ^^
O Romance: Quadro Sintético (a partir do séc. XIX)
* Orgulho e Preconceito (1813) - Jane Austen
* Adolfo (1816) - B. Constant
* Ivanhoé (1819) - Walter Scott
* Os Noivos (1825) - Manzoni
* A Comédia Humana (1827-50) - Balzac
* O Vermelho e o Negro (1830) - Stendhal
* Oliver Twist (1837) - Dickens
* Almas Mortas (1842) - Gógol
* O Morro dos Ventos Uivantes (1847) - E. Brontë
* David Copperfield (1849) - Dickens
* Moby Dick (1851) - Melville
* Madame Bovary (1857) - Gustave Flaubert
* Guerra e Paz (1859) - León Tolstói
* Pais e Filhos (1862) - Ivan Turguêniev
* Crime e Castigo (1866) - F. M. Dostoiévski
* A Educação Sentimental (1869) - Gustave Flaubert
* Os Demônios (1871) - F. M. Dostoiévski
* Ana Karênina (1873) - León Tolstói
* Os Irmãos Karamazov (1879) - F. M. Dostoiévski
* Os Maias (1880) - Eça de Queirós
* Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) - Machado de Assis
* Germinal (1885) - E. Zola
* Fortunata e Jacinta (1887) - Pérez Galdós
* Dom Casmurro (1899) - Machado de Assis
* Lord Jim (1900) - J. Conrad
* Em Busca do Tempo Perdido (1913-27) - M. Proust
* A Metamorfose (1915) - Franz Kafka
* Servidão Humana (1915) - S. Maugham
* Ulisses (1922) - James Joyce
CONTINUA...

domingo, 28 de junho de 2009

Ser ou não ser farmacêutica...

Numa bela noite... em um belo restaurante de comida japonesa (delícia :~) , um pouco antes de vir estudar em Porto Alegre, minha mestra, professora, orientadora, enfim, a Jú ^^ me disse algo que meio que me marcou: "Não importa onde você esteja, ou o que você faça, você sempre será farmacêutica."
No fim das contas eu acabei optanto por outro rumo, mas isso não muda tudo que eu aprendi e vivi nos últimos anos. Acho que esse texto mostra bem isso. Eu nem queria postar aqui esse artigo de opinião.
Na minha opinião não ficou tão bom, embora tenha recebido a nota máxima :P. O tema era livre, e deveríamos escolher um tema que tivesse importância social. Infelizmente... achei que ficou muito superficial, e faltou muito a ser dito... mas o limite era de 25 linhas ¬¬
Enfim, ei-lo:
Pelo direito a uma receita legível

Não é de hoje a discussão a respeito da péssima caligrafia de certos médicos, em alguns casos, verdadeiros garranchos. A prescrição, popularmente chamada de receita, tem um grande peso na qualidade de vida do paciente, não só pelo seu conteúdo, mas principalmente pelo modo como é redigida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, os erros por medicamentos matam 7000 pessoas por ano nos Estados Unidos e são responsáveis por 1 em cada 20 internações. Até 8% dos medicamentos prescritos são administrados incorretamente. No Brasil, embora não existam dados estatísticos, estima-se que o quadro não seja diferente ou até mesmo pior.
Uma das principais razões de tal desrespeito ao cidadão é a divinização dos médicos, tanto por eles próprios quanto pelos pacientes. Ao produzir uma receita ilegível o médico detém em suas mãos o conhecimento e consequentemente o poder. O paciente, por acreditar que o médico é onipotente e detentor único de toda a sabedoria, não se atreve a exigir que ele faça uma nova receita, mais legível.
Parte do problema também se encontra na outra ponta, quando a receita chega à farmácia. Muitas vezes, balconistas e/ou farmacêuticos inescrupulosos, ao invés de entrarem em contato com o médico, ou orientarem o paciente a fazê-lo, preferem “adivinhar” o medicamento prescrito para não perder a venda. O direito a uma prescrição clara e legível já é assegurado pela legislação, mas pouco respeitado. É preciso uma conscientização da população, para exigir seus direitos. Muitos hospitais, como o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, já fazem uso da prescrição eletrônica. Nos consultórios particulares é possível imprimir as receitas. Na ausência de ferramentas eletrônicas, uma letra de fôrma melhora consideravelmente a legibilidade da prescrição. É possível mudar esse quadro, bastam conscientização e força de vontade.
Pois é... com tantos temas disponíveis, a única coisa na qual eu conseguia pensar em escrever era sobre prescrições, ou uso correto de medicamentos ^^.
É isso. Matta ne o/

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O navio dos sonhos

A proposta para esse texto era pegar uma matéria de jornal, aleatória, e escrever um conto inspirado nela. Foi meio difícil... os jornais não são muito criativos ¬¬ A primeira versão saiu com vários erros, sem parágrafos por exemplo ^^", e nem nota eu recebi. Tive que corrigir o texto. Bom... depois de algum esforço, e várias críticas de amigos (obrigada Moon ^^), consegui chegar a uma versão que me agradasse... embora eu tenha tido que mudar uma parte crucial do texto. Eis a versão corrigida: Enjoy!!! ^^

O navio dos sonhos

Era um homem alto, loiro, na casa dos vinte e poucos anos. Estava irritado naquela noite e chutava caixas enquanto andava pelo cais, com as mãos nos bolsos. “Malditos ricos”. “Maldito navio”. Naquela noite também não haveria reunião com os camaradas e ele precisava de dinheiro. Com o anúncio da viagem inaugural do maldito barco, o porto se tornara o local mais frequentado da cidade. E com os curiosos, é claro que vieram também os policiais, para garantir a integridade dos cidadãos de bem de Southampton.
Ele precisava de dinheiro, mas até que o navio zarpasse e o cais voltasse à sua calmaria costumeira, as apostas estavam suspensas. Ordens do chefe. É claro que não seria difícil comprar um policial, fazê-lo fingir que não viu nada. Mas comprar toda a corporação policial, isso sim estava fora de cogitação. “Malditos ricos”.
A população se aglomerava em frente ao magnífico navio, que, em poucos meses, zarparia rumo à América. Joe ficou olhando aquelas mulheres agitadas, com suas sombrinhas e luvas de seda. Encostado na parede observava como um falcão a procura da sua presa. Então ele a viu. Elisabeth, a vítima perfeita! E como era linda! Sem dúvidas seria um golpe não apenas fácil, mas também agradável. A jovem de cabelos negros, ainda no frescor de seus 17 anos, dava gritinhos e risos de empolgação. Ele a observou por um longo tempo, a seguiu até sua casa, descobriu quem era ela, sua família, seus hábitos e se preparou. Era apenas uma tola sonhadora. Realmente seria muito fácil.
No dia estipulado, ele a seguiu até o centro da cidade, onde ela fazia compras com as amigas. No momento propício, esbarrou nela, deixando cair propositadamente a seus pés uma pasta com várias partituras, que se espalharam pela rua. Com um embaraço previamente calculado, ele se desculpou com uma reverência, tirando o chapéu. As partituras começaram a se espalhar com o vento e ele correu a recolhê-las, como se estivesse lutando pela própria vida. Quando voltou, viu que ela segurava uma das partituras. “Obrigado, senhorita.” “O senhor é compositor?” Perfeito! Ela já estava em sua rede.
Depois daquele encontro, não foi difícil convencê-la de como um pobre artista como ele necessitava de financiamento para poder realizar suas aspirações. Elisabeth tinha certeza de que aquele era o homem de seus sonhos, por quem havia esperado toda a sua vida. O Destino finalmente os havia unido. Completamente apaixonada, dava-lhe dinheiro sempre que ele pedia, sem questionar e sem se importar com as reclamações do pai por seus gastos excessivos.
Numa tarde de primavera, ele lhe mostrou uma partitura, ainda incompleta, dizendo estar compondo algo digno dela, que tinha nome de rainha. Naquela tarde, ela se entregou a ele. Completamente envolvida pela paixão, não foi difícil para os pais descobrirem tudo, proibindo-a de sair de casa e cortando seu acesso ao dinheiro. Ela esperou, ansiosamente, pelo cavaleiro que viria resgatá-la. Mas ele não veio. Ela se desesperou, imaginando todo o tipo de tragédias, e que talvez seus pais tivessem tirado a vida do rapaz para reparar sua honra. Entrou em atrito com os pais em defesa de seu amor e, ao revelar que esperava um filho, foi deserdada e expulsa de casa. “A partir de hoje, eu não tenho mais filha!”
Ela sem demora foi até o quartinho onde se encontrava com Joe. Certamente ele já teria terminado a composição em homenagem a ela. Com o dinheiro conseguido pela obra, eles poderiam se casar e viver felizes, os três. Ao encontrar o quarto vazio, indagou por ele e descobriu que passava os dias em uma casa de má fama na região do porto. Foi até lá, certa de que ele estava se afundando em amargura, aliviando sua dor por perdê-la em um lugar como aquele.
Finalmente o encontrou, sentado em uma mesa de cartas, rodeado por mulheres e bebida. Correu para abraçá-lo, mas recebeu um olhar frio e um empurrão que a jogou ao chão. Tentou se explicar, dizendo que o amava, que jamais o deixaria, que abandonara tudo para ficar ao seu lado e faria absolutamente qualquer coisa por ele. Joe a olhou estupefato e, após alguns segundos, deu uma gargalhada. Percebeu que ela ainda lhe poderia ser útil. “Minha querida, o problema é que enquanto tentava arrumar dinheiro para buscá-la, me endividei com esses senhores. Você estaria disposta a me ajudar a quitar a dívida? Prometo que tão logo tiver o dinheiro, virei buscá-la.”
E assim Elisabeth tornou-se propriedade do bordel. Para quitar a dívida, trabalhava apenas pela comida. Assim que a barriga se tornou evidente, deixou de receber clientes e foi destinada aos serviços de faxina. Elisabeth suportava pacientemente o trabalho pesado, consolando-se na lembrança de que fazia aquilo para salvar seu grande amor.
Foi por volta do 8º mês de gestação que ela o viu, passando às portas do bordel, abraçado a uma jovem garota. Ela gritou por ele. Ignorada, resolveu segui-lo. Ele deixou sua acompanhante em um café ali perto e continuou sozinho pelo emaranhado de vielas e becos que circundavam aquela região portuária. Ela percebeu que conforme iam andando, as ruas ficavam cada vez mais desertas, mas não se importou com isso.
Subitamente, ele parou como se soubesse que estava sendo seguido e esperasse sua aproximação. Ao alcançá-lo, ele a empurrou violentamente contra a parede. Sem equilíbrio, ela tentou se apoiar em algumas caixas que estavam ali, derrubando garrafas vazias de bebida, que se quebraram na queda. “Nunca mais se dirija a mim, sua rameira! Esqueça que eu existo! Está vendo isto? Esse bilhete é o meu passaporte para a liberdade! A América é a terra das oportunidades!” Deu-lhe um safanão e virou as costas.
Elisabeth não conseguia acreditar que aquele era o homem a quem amava, por quem ela havia sacrificado sua família, sua posição, sua fortuna, sua honra, sua alma. Ao tentar levantar-se, cortou a mão nos cacos de vidro e com o sangue que verteu da ferida, pareceu vir à tona toda a mágoa e frustração acumulada nos últimos meses. Pegou uma das garrafas partidas, segurando pelo gargalo e cega pela raiva e pelas lágrimas avançou contra ele, acertando-o na altura dos rins.
Ele gritou, sentindo uma dor lancinante. Quando ela puxou de volta a garrafa, o sangue escapou abundante da ferida, tingindo rapidamente as costas da camisa de um vermelho vivo. Joe tentou andar, fugir dali, mas depois de apenas alguns passos, caiu inconsciente. Elisabeth aproximou-se, olhando-o como se ali estivesse uma barata que tinha acabado de esmagar. Sob o corpo já escorria um filete de sangue. Provavelmente ele morreria devido à hemorragia, mas ela não se preocupou em chamar por ajuda.
Elisabeth pegou o bilhete e decidiu que não tinha mais nada a perder. Na América ela poderia começar novamente, apenas ela e o filho. Quando chegou ao cais, uma multidão se encontrava ali e muitos olharam com repulsa para suas roupas miseráveis. A população estava eufórica, como ela mesma estivera, naquele mesmo lugar, havia menos de um ano. Em meio a vivas e gritos de “Nem Deus afunda o Titanic!”, ela alcançou a escada de embarque. O encarregado não fez perguntas sobre o sangue no bilhete e na lista de passageiros anotou seu nome: Elisabeth Dean.
Depois de poucos dias de viagem, ela começou a sentir dores, embora ainda não fosse o tempo certo. Ajudada pelas outras mulheres da terceira classe, Eliabeth deu à luz uma menina, que chamou de Millvina, em homenagem a sua avó. Uma mulher que carregava um recém-nascido ofereceu o peito ao bebê, que, embora prematuro, sugava com força, mostrando uma enorme vontade de viver. Com o corpo e a alma enfraquecidos, Elisabeth morreu algumas horas depois, desejando que Millvina pudesse obter o que ela não conseguira: uma vida longa e próspera.


Esta é a notícia na qual o conto foi inspirado: Única sobrevivente ainda viva do naufrágio do Titanic, Millvina Dean receberá uma doação de US$ 30 mil de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, protagonistas do filme, e do diretor James Cameron. Aos 97 anos, Millvina, que era um bebê quando houve a tragédia, está internada em Southampton, a cidade inglesa de onde o Titanic partiu em 1912. Fonte: Zero Hora do dia 12 de maio de 2009.


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Desapego 2

Bom... deu pra notar que a imaginação aqui é zero né?! Pelo menos pra títulos. Pra outras coisas também... mas isso não vem ao caso agora.

A questão é que não há título melhor para o que está acontecendo agora do que esse: Desapego. Momento esse no qual eu acabo de fazer um limpa no HD do meu PC.

Sim... me livrei de mais de 1 GB de fotos, logs e coisas inúteis com as quais eu estava me apegando e não tirando absolutamente nenhum proveito disso. E limpei a lixeira sem olhar para trás!!! (que frase clichê :P)

É um péssimo hábito que eu tenho. Me apegar! Me apegar ao passado. Até hoje eu ainda sonho, pelo menos 1 vez por mes, com meu antigo colégio. Que nem existe mais. Cujo prédio já foi demolido há mais de 10 anos. Fazer o que... eu adorava aquele prédio!!!

Também já gostei de muitas coisas e pessoas, e esse sentimento não me trouxe nada de bom. Bom... nada não. Na verdade a gente sempre pode aprender várias coisas, mesmo que as experiências sejam meio dolorosas. É a sina de quem é bonzinho. Sabe aquela comunidade no orkut? Bonzinho só se fode? Pois é...

O que eu ganhei por confiar e considerar pessoas que não mereciam foi decepção. Desilusão. O foda é que eu sempre acho que não, que não é bem assim, que as pessoas não são tão más quanto parecem ser... e sempre relevo, sempre penso 2x, sempre dou um desconto, em prol da amizade... o problema é que... sabe como é... pelo visto eu tenho uma concepção de amizade meio diferente do resto do mundo.

Enfim.... eu ganhei em experiência. Perdi o medo de uma série de coisas. Resolvi me arriscar pra mudar. Sair da casquinha protegida do meu mundinho e dar a cara a bater pra achar meu lugar no mundo. E não me arrependo. Não me arrependo mesmo!!!! Quando as coisas não estão bem, eu tento fazer algo pra que elas fiquem bem! Pode demorar, levar séculos pra criar coragem, mas definitivamente, eu não sou o tipo de pessoa que fica eternamente se lamentando da vida, do que não foi, do que não fui, do que não tenho. Não senhor!!! Se não foi, então vai ser!!!!

No meio do caminho eu conheci pessoas novas! Novos amigos! E estou feliz por isso! Não vou mudar meu jeito de ser só porque pessoas escrotas cruzaram meu caminho. Não vou mudar quem eu sou por pessoas que não conseguem valorizar a minha amizade e o meu afeto.

Eu relevo muitas vezes, mas quando chega a gota d'agua, não tem mais volta. Por isso hoje eu limpei meu PC de tudo que era desnecessário. Pretendo esquecer do que não vale a pena e continuar com a minha vida! ^^

Isso tudo não é recadinho pra ninguém. É só um desabafo. :P Eu não sou uma pessoa amarga, apesar do que possa parecer ^^" E felizmente tenho muitas pessoas importantes pra mim que sabem corresponder o que eu sinto. Ultimamente tenho descoberto que eu não sou tão ruim quanto eu imaginava.


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Desapego

Ela caminhava sem vontade, atraindo os olhares masculinos por onde passava. Embora já estivesse na casa dos “enta”, ainda resguardava um frescor da juventude e seus olhos castanho-amendoados revelavam um lampejo de meninice. Estatura mediana, cabelos cor acaju e corpo bem torneado pelas práticas diárias de atividades físicas.
Não tinha pressa para retornar àquela casa. A obrigação da visita lhe deixava levemente mal-humorada, mas ele fizera questão, praticamente impusera sua presença como condição.
Como estaria a casa? Será que os vasinhos de violeta ainda estariam no parapeito da janela? Gostava muito das violetas, especialmente das brancas, com rebordos levemente rosados. Eram lindas!
Faltava um quarteirão. Desanimava ao imaginar como encontraria a casa que já fora sua: a pia cheia de louça suja, a pilha de jornais se acumulando ao lado da porta, roupas sujas sobre o sofá, sapatos largados desleixadamente no corredor, camadas homéricas de poeira nos móveis, copos sujos esquecidos sobre a mesinha de canto, comida estragada na geladeira deixando aquele cheiro...
Chegou em frente ao portão. Hesitou. Seria tão mais simples resolver tudo com um “sedex”. Por que ela tinha de estar ali?
Tocou a campainha. Droga! O esmalte estava lascado. Precisava comprar outro frasco, já que nem todas as manicures tinham aquele tom de vermelho. Que demora! Tocou novamente. Só depois do terceiro toque que a porta se abriu, revelando uma mulher com fones de ouvido que vinha lhe abrir o portão. “Pode entrar! Sinta-se em casa, ele já está descendo!”
Quando ela atravessou a porta, sentiu o cheiro inconfundível de feijão sendo cozido. Ah! Nenhum jornal na soleira da porta! A sala exalava um leve odor de pinho e no sofá almofadas carmim contrastavam com o forro creme.
Sentou-se. Era confortável! Olha a janela à procura das violetas. Não estavam lá. Certamente teriam morrido. No seu lugar estava um objeto transparente. De vidro? Um peso de papel talvez? Não tinha nenhum atrativo em especial, mas quando a luz incidia sobre ele, fragmentava-se em um arco-íris que coloria todo o parapeito branco.
Barulho na escada. Finalmente ele desceu para vê-la. Acabara de sair do banho, tinha os cabelos grisalhos molhados e um agradável cheiro de sabonete. Ela havia se esquecido de como gostava daquele cheiro!
Desculpe pela demora, Senhora! – disse ele se sentando de frente para ela. “Tsc! Você sabe que eu detesto que me chame assim!” Ele sorriu.
Silêncio.
Ela abriu a bolsa e retirou uma pasta com papéis e uma caneta.
Ele pegou sua mão. “Você tem certeza?” Ela se levantou, soltando a mão bruscamente. “Eu só concordei em vir aqui porque você me disse que colaboraria! Não me diga que mudou de idéia?! Você sabe que temos planos de nos casar o mais rápido possível!”
Ele deu de ombros, sorrindo um sorriso triste. “Eu tinha que tentar pelo menos uma última vez, não é?!” Pegou a caneta e assinou todas as vias dos papéis de divórcio. Ela levara apenas os objetos de uso pessoal, abrindo mão da casa, do carro, dos móveis, dele...
Levantou e lhe entregou os papéis. Ela os conferiu e voltou a guardá-los na bolsa. Deu uma última olhada no ambiente. “Vejo que você arranjou uma substituta!” Ele olhou para a cozinha. “A Joana é uma boa moça! Cozinha muito bem. E pelo menos a diária não é tão cara.” Ah! Diarista...
Silêncio.
Ela caminha lentamente em direção à porta. Ele a abre para que ela saia. “Não quer tomar um café antes de ir?” “Ah! Não, obrigada! Ele está me esperando para o jantar!”
Ao sair pelo portão, ela se vira uma última vez. “Obrigada por assinar!” Ele não sorri dessa vez. “Não precisa agradecer. Seja feliz, Senhora!”


Texto baseado no conto "Apelo" de Dalton Trevisan, para a disciplina de Leituras e Produção Textual.

domingo, 24 de maio de 2009

Discípulos de Werther

A moda agora é ser depressivo!!!!!

Sinceramente.... posso até me simpatizar pelo seu sofrimento... mas sabe como é... to pouco me fudendo pra moda!!!!

Considero realmente deprimente que um ser tente conquistar a simpatia alheia através da pena. Se você precisa de ajuda, peça! Se precisa desabafar, procure um amigo! Mas não fique se fazendo de coitadinho....

Eu sou o tipo de pessoa que reclama mesmo!!! Se chutei o pé da mesa, xingo com vontade!!! Se meu time perdeu, xingo também!!! Se algo não está bom, eu vou reclamar!!! Se não puder fazer nada pra mudar, pelo menos reclamar é o que me resta!!!

Não ao câncer de fígado!!!! Se xingamentos e reclamações te incomodam, então não leia!!!

Todos tem problemas!!! A vida não é perfeita pra ninguém. Se o lado amoroso vai bem, o familiar nem tanto, ou o profissional. É impossível estarmos completamente satisfeitos.

Se algo não vai bem na sua vida, você ja parou pra pensar no que poderia fazer pra mudar essa situação?

Werther pra mim foi um grandissíssimo covarde egoísta!!!

Não tenho paciência mesmo!!!! Se você quer conversar, vou ouví-lo. Se quer ajuda, tentarei de acordo com minhas possibilidades. Mas se me pedir para ignorá-lo, então farei-o com prazer!!!

Boa sorte!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Voltando...

Hum... finalmente recuperei meu blog. Incrível alguém conseguir esquecer o endereço do próprio blog.... tsc tsc tsc :P Valeu mesmo Moon por me ajudar a recuperá-lo ^^.

Pois é... essa é uma nova fase na minha vida. Novo ambiente, novos amigos, novas experiências... e apesar da saudade imensa do que ficou... não há arrependimentos, pois pela primeira vez eu sinto que finalmente estou no rumo certo.

O ser-humano consegue ser incrivelmente mesquinho, se apegar a coisas tão pequenas, insignificantes... quando há tanto pra se ver, se sentir, se ouvir... ai ai... depois de uma certa idade, a gente perde a paciência com certas coisas e certos tipos de pessoas. Atualmente eis a minha política: simplesmente ignore e siga em frente.

Por enquanto isso é só... vou tentar escrever com frequencia ^^

Não sei se tem alguém lendo isso, mas o simples prazer de escrever, mesmo que pra mim mesma, ja me basta!!!!!! ^^

Matta ne o/ :)